terça-feira, 3 de abril de 2012


Trinta anos após guerra, argentinos e britânicos ainda disputam Malvinas


R7

Enrique Marcarian/Reuters



Argentina voltou a manifestar recentemente seu direito às ilhas


Tripulação de barco-patrulha argentino carrega caixões de companheiros mortos na guerra no dia 4 de maio de 1982


Argentina marcarão nesta segunda-feira o 30º aniversário do começo da Guerra das Malvinas (ou Falklands, para os britânicos).
No total, 255 soldados britânicos e 650 argentinos morreram no conflito que começou com uma invasão argentina das Malvinas no dia 2 de abril de 1982.
Veteranos argentinos relatam torturas de superiores
Nas escolas e nos mapas do país vizinho, Malvinas são argentinas
O aniversário acontece em um momento de novas tensões entre argentinos e britânicos. Recentemente a Argentina voltou a manifestar seu direito às ilhas, mas a Grã-Bretanha segue comprometida a manter a soberania na região no Atlântico Sul.
A Grã-Bretanha controla as Malvinas desde 1833, mas a Argentina afirma que o território pertencia à Espanha, e que foi herdado pelo país sul-americano com a sua independência.
'Chama eterna'
Veteranos britânicos de guerra e parentes dos mortos farão uma cerimônia especial no Memorial Nacional Arboretum, em Staffordshire, na região oeste da Inglaterra. Uma única vela será acesa como um gesto de memória aos mortos.
O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron, disse que a segunda-feira é um dia de lembrar argentinos e britânicos mortos no conflito
- Há 30 anos, o povo das Ilhas Falklands sofreram um ato de agressão que quis roubá-los das suas liberdades e do seu modo de vida. Hoje é um dia de comemoração e reflexão: um dia para lembrar todos aqueles que perderam suas vidas no conflito – os integrantes das nossas Forças Armadas, assim como os argentinos que morreram.
Ele prestou homenagem ao que chamou de 'heroísmo' dos soldados britânicos que libertaram as Malvinas da Argentina, e disse que a Grã-Bretanha está orgulhosa de 'corrigir um erro profundo'.
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, visitará o porto de Ushuaia nesta segunda-feira, para uma cerimônia de homenagem aos soldados argentinos mortos no conflito. Ela vai acender uma 'chama eterna' no local. Na madrugada passada, veteranos de guerra fizeram uma vigília.
Diplomacia
A Argentina solicitou a abertura de negociações sobre a soberania das Ilhas Malvinas, mas o governo britânico diz que não há nada para se discutir, se não houver consentimento dos moradores.
A Grã-Bretanha acusa a Argentina de tentar impor um bloqueio à população local, depois de proibir embarcações com a bandeira de Falklands em seus portos. A medida também foi adotada pelos demais países do Mercosul.
Já os argentinos acusam os britânicos de militarizar o Atlântico Sul, depois que foi divulgado que um dos navios de guerra da Marinha britânica será enviado à região.
A derrota das forças argentinas no conflito contribuiu para o fim do regime militar liderado pelo general Leopoldo Galtieri, que foi preso acusado de 'incompetência' na guerra. A premiê britânica na época, Margaret Thatcher,

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