LA PAZ, Bolívia, 2 Ago 2009 (AFP) - O presidente da Bolívia, Evo Morales, defendeu neste domingo seus aliados Rafael Correa e Hugo Chávez das denúncias sobre supostos vínculos de Equador e Venezuela com a guerrilha das Farc, e acusou o governo colombiano de Alvaro Uribe de fazer o jogo dos Estados Unidos.
"Isto é uma campanha suja do Império" americano, disse Morales durante uma concentração de camponeses na região de Santa Cruz, ao comentar as denúncias de Bogotá de que Caracas e Quito teriam ligações com a guerrilha colombiana.
"No computador (de uma guerrilheira colombiana) encontraram que as Farc financiaram a campanha do presidente Correa", mas isto "é uma armação para desprestigiar os presidentes revolucionários".
Morales assinalou que a versão, que já conhecia "há umas duas semanas", é um "instrumento do império" contra o países da região, e tem o apoio do governo de Alvaro Uribe.
Bogotá divulgou um vídeo, de 2008, no qual aparece o chefe militar das Farc, Jorge 'Mono Jojoy' Briceño, citando o envio de dinheiro para a campanha presidencial de Correa.
O presidente boliviano também questionou a versão colombiana, do final de julho, sobre a apreensão com as Farc de armas anticarro de fabricação sueca vendidas ao Exército da Venezuela.
"Quem acredita nisto? É uma campanha suja que vem do Imperio (EUA)", insistiu o presidente boliviano, que citou ainda as denúncias que sofreu o presidente da Guatemala, Alvaro Colom, após a morte de um advogado opositor, e o golpe de Estado que derrubou o presidente hondurenho, Manuel Zelaya.
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