Governadores de oposição a Evo saem após referendo
Agência Estado
Dois governadores de oposição a Evo Morales abandonaram os cargos depois de terem sido derrotados no referendo revogatório de domingo (10), enquanto outros quatro ratificados discutiam qual estratégia adotar para enfrentar o presidente boliviano. O governador de Cochabamba, Manfred Reyes Villa, deixou hoje o cargo para seu vice. O de La Paz, José Luis Paredes, anunciou que deixará a função quando Morales designar seu vice.
Com 75% das mesas apuradas, Morales teve seu mandato confirmado por 65% dos bolivianos, 11 pontos porcentuais a mais do que quando foi eleito. Apesar de o resultado final ainda ser desconhecido, a expectativa é de que o referendo revogatório tenha mudado o equilíbrio de poder na Bolívia. Antes da votação, sete dos nove Estados bolivianos eram controlados pela oposição a Morales. Pelos resultados atuais, as projeções indicam que cinco ficarão com a oposição e quatro, com o governo central.
Reyes Villa vinha questionando a legalidade do referendo e antecipado que resistiria à destituição, mas hoje deixou o cargo disse Jhonny Ferrel, seu principal assistente. As eleições regionais para determinar quem sucederá os governadores revogados pelos eleitores bolivianos ainda não têm data marcada. Enquanto isso, quatro governadores que encaminham suas regiões rumo à autonomia, se reunirão amanhã para avaliar os resultados e definir uma estratégia política, disse o secretário de autonomia da prefeitura (Estado) de Santa Cruz.
Os prefeitos de Santa Cruz, Beni, Pando e Tarija, os mais ferrenhos opositores de Morales, anunciaram que acelerarão os processos de autonomia de suas regiões, qualificados como "ilegais" pelo governo central. Os estatutos de autonomia também foram aprovados no referendo de domingo.
Os quatro, mais a governadora de Chuquisaca, Savina Cuéllar, se reunirão em Santa Cruz. A principal bandeira dos governadores de oposição deve ser a insistência na devolução do Imposto Direto sobre Hidrocarbonetos (IDH) aos Estados.
Atualmente, o governo central boliviano utiliza os recursos arrecadados com a taxa para pagar uma aposentadoria universal a todos os idosos.
Dabdoub insistiu que, se Morales quer abrir uma negociação "sincera" com as regiões "terá que mostrar com atos". E isso, segundo ele, passa por devolver aos Estados o dinheiro hoje utilizado para pagar pensões aos aposentados.
Ainda de acordo com Dabdoub, a negociação precisaria ser feita por com a ajuda de mediadores internacionais porque a oposição "não confia" em Morales.
O presidente da Bolívia anunciou na segunda-feira que convocará um diálogo com todos os setores uma vez que estiverem disponíveis os resultados oficiais do referendo, o que está previsto para a próxima semana
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Evo Morlaes propõe acordo com oposição após referendo
Três dias depois do referendo revogatório, o presidente da Bolívia, Evo Morales, propôs aos prefeitos (governadores) da oposição medidas para se chegar a um acordo político e financeiro nacional.
Morales e seis dos oito prefeitos tiveram seus mandados ratificados no plebiscito de domingo. As urnas revelaram que o mapa político na Bolívia não foi alterado -como o presidente, os prefeitos da oposição também foram confirmados.
Nesta quarta-feira, numa reunião em La Paz, o líder boliviano sugeriu aos prefeitos ratificados um entendimento a partir dos seguintes pactos: político, com a união das autonomias regionais à nova constituição; fiscal, ligado à distribuição da arrecadação dos hidrocarbonetos, e institucional, para que o Congresso Nacional eleja autoridades judiciais e eleitorais, para os postos hoje vazios. As propostas do governo Morales foram informadas à imprensa pelo ministro da Defesa, Walker San Miguel: "Esperamos resolver, o quanto antes, estas três questões", disse ele. Mais tarde, o prefeito de Tarija, Mario Cossío, que atuou como porta-voz da oposição, disse que as propostas eram "insuficientes". Cossío declarou: "Infelizmente, não chegamos a um acordo nos temas centrais, como a restituição do Imposto Direto aos Hidrocarbonetos (IDH) e a reforma constitucional". Protesto O IDH foi o imposto que levou os quatro prefeitos da oposição - da região conhecida como "meia lua" - a entrar em greve de fome, na semana passada. O protesto foi contra a decisão do governo de usar parte dos recursos deste tributo para pagamento de benefícios a maiores de 60 anos. Apesar das afirmações, segundo as rádios bolivianas, Cossío e os outros prefeitos concordaram que existe o "desejo" de se chegar a um entendimento para dar maior "tranqüilidade" ao país.
A reunião deve continuar nesta quinta-feira, segundo o ministro da Defesa. O encontro, convocado na terça-feira por Morales, foi visto como "positivo" e "conciliador" por diferentes analistas bolivianos. "Eles ainda não se entenderam, mas o fato de estarem dialogando é um grande avanço", disse o analista político Carlos Cordero, que falou de La Paz à Telesul. "O país votou por mudanças em 2005 (quando Morales foi eleito). Em 2006, votou para eleger os constituintes. Mas há oito meses a nova constituição está parada. E temos problemas que afetam todo o país, como a pobreza e a distribuição de renda. Essa reunião agora pode estar mostrando que a Bolívia está amadurecendo", disse o analista. Pesquisas de opinião indicam que os bolivianos querem o "entendimento" entre governo e oposição. "Os bolivianos estão ficando cansados de tanta disputa. Agora é a vez de os políticos se entenderem", disse à BBCBrasil o analista Gonzalo Chávez, da Universidade Católica da Bolívia. Resistência O prefeito de Santa Cruz, Ruben Costas, foi o único que mandou representante à reunião em La Paz e preferiu não comparecer ao encontro com Morales. Costas alegou problemas de saúde provocados pela greve de fome que mantém contra os cortes nos recursos gerados pelos hidrocarbonetos e anunciou, para o ano que vem, a convocação de eleições legislativas e para vice-governador locais. Pela atual constituição da Bolívia, uma república unitária, ele é prefeito, mas prefere ser chamado de "governador" desde a votação do estatuto da autonomia de Santa Cruz, em maio passado. Rica em soja, petróleo e gas, Santa Cruz é o departamento (equivalente a Estado) mais próspero do país. Resultados Na madrugada desta quinta-feira a Agência Boliviana de Informação (ABI) anunciou que o prefeito de Oruro, Alberto Aguilar, do mesmo partido de Morales, foi ratificado no cargo. Aguilar estava entre os que perderiam o posto, segundo pesquisas de boca de urna. No total, dos oito prefeitos, seis foram ratificados e dois da oposição perderam o posto - os de La Paz e de Cochabamba.
Com 96% das urnas apuradas, Morales foi ratificado com 67,77% dos votos.
Quando eleito, em 2005, ele recebeu pouco menos de 54%. Mas a OEA (Organização dos Estados Americanos) observou esta semana que o sistema eleitoral boliviano precisa ser aperfeiçoado. A avaliação foi feita após o referendo.
Da reunião em La Paz, com Morales, participaram os prefeitos de Beni, Ernesto Súarez, Pando, Leopoldo Fernández, Oruro, Potosí, Mario Virreira, Tarija, Cossío, e de Chuquisaca, Savina Cuellar. Ela não participou do referendo porque foi eleita em junho para o cargo.
UOL Celular
Morales e seis dos oito prefeitos tiveram seus mandados ratificados no plebiscito de domingo. As urnas revelaram que o mapa político na Bolívia não foi alterado -como o presidente, os prefeitos da oposição também foram confirmados.
Nesta quarta-feira, numa reunião em La Paz, o líder boliviano sugeriu aos prefeitos ratificados um entendimento a partir dos seguintes pactos: político, com a união das autonomias regionais à nova constituição; fiscal, ligado à distribuição da arrecadação dos hidrocarbonetos, e institucional, para que o Congresso Nacional eleja autoridades judiciais e eleitorais, para os postos hoje vazios. As propostas do governo Morales foram informadas à imprensa pelo ministro da Defesa, Walker San Miguel: "Esperamos resolver, o quanto antes, estas três questões", disse ele. Mais tarde, o prefeito de Tarija, Mario Cossío, que atuou como porta-voz da oposição, disse que as propostas eram "insuficientes". Cossío declarou: "Infelizmente, não chegamos a um acordo nos temas centrais, como a restituição do Imposto Direto aos Hidrocarbonetos (IDH) e a reforma constitucional". Protesto O IDH foi o imposto que levou os quatro prefeitos da oposição - da região conhecida como "meia lua" - a entrar em greve de fome, na semana passada. O protesto foi contra a decisão do governo de usar parte dos recursos deste tributo para pagamento de benefícios a maiores de 60 anos. Apesar das afirmações, segundo as rádios bolivianas, Cossío e os outros prefeitos concordaram que existe o "desejo" de se chegar a um entendimento para dar maior "tranqüilidade" ao país.
A reunião deve continuar nesta quinta-feira, segundo o ministro da Defesa. O encontro, convocado na terça-feira por Morales, foi visto como "positivo" e "conciliador" por diferentes analistas bolivianos. "Eles ainda não se entenderam, mas o fato de estarem dialogando é um grande avanço", disse o analista político Carlos Cordero, que falou de La Paz à Telesul. "O país votou por mudanças em 2005 (quando Morales foi eleito). Em 2006, votou para eleger os constituintes. Mas há oito meses a nova constituição está parada. E temos problemas que afetam todo o país, como a pobreza e a distribuição de renda. Essa reunião agora pode estar mostrando que a Bolívia está amadurecendo", disse o analista. Pesquisas de opinião indicam que os bolivianos querem o "entendimento" entre governo e oposição. "Os bolivianos estão ficando cansados de tanta disputa. Agora é a vez de os políticos se entenderem", disse à BBCBrasil o analista Gonzalo Chávez, da Universidade Católica da Bolívia. Resistência O prefeito de Santa Cruz, Ruben Costas, foi o único que mandou representante à reunião em La Paz e preferiu não comparecer ao encontro com Morales. Costas alegou problemas de saúde provocados pela greve de fome que mantém contra os cortes nos recursos gerados pelos hidrocarbonetos e anunciou, para o ano que vem, a convocação de eleições legislativas e para vice-governador locais. Pela atual constituição da Bolívia, uma república unitária, ele é prefeito, mas prefere ser chamado de "governador" desde a votação do estatuto da autonomia de Santa Cruz, em maio passado. Rica em soja, petróleo e gas, Santa Cruz é o departamento (equivalente a Estado) mais próspero do país. Resultados Na madrugada desta quinta-feira a Agência Boliviana de Informação (ABI) anunciou que o prefeito de Oruro, Alberto Aguilar, do mesmo partido de Morales, foi ratificado no cargo. Aguilar estava entre os que perderiam o posto, segundo pesquisas de boca de urna. No total, dos oito prefeitos, seis foram ratificados e dois da oposição perderam o posto - os de La Paz e de Cochabamba.
Com 96% das urnas apuradas, Morales foi ratificado com 67,77% dos votos.
Quando eleito, em 2005, ele recebeu pouco menos de 54%. Mas a OEA (Organização dos Estados Americanos) observou esta semana que o sistema eleitoral boliviano precisa ser aperfeiçoado. A avaliação foi feita após o referendo.
Da reunião em La Paz, com Morales, participaram os prefeitos de Beni, Ernesto Súarez, Pando, Leopoldo Fernández, Oruro, Potosí, Mario Virreira, Tarija, Cossío, e de Chuquisaca, Savina Cuellar. Ela não participou do referendo porque foi eleita em junho para o cargo.
UOL Celular
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Morales tem 52% de apoio em referendo, aponta apuração parcial
Efe, em La Paz
O presidente da Bolívia, Evo Morales, obteve 52% de apoio no referendo do último domingo com 23% dos votos apurados, segundo as primeiras parciais da Corte Nacional Eleitoral (CNE).
Morales e seu vice-presidente, Álvaro García Linera, receberam 394.376 votos, em comparação aos 363.341 votos contrários (47,9%) quando já foram computados 811.645 votos, informou a CNE.
A administração eleitoral boliviana informou que a conclusão da apuração oficial dos votos deve acontecer entre sete e dez dias.
As pesquisas de boca de urna divulgadas neste domingo deram a Morales um apoio de cerca de 63%.
Os números oficiais da CNE divulgados nesta segunda-feira também confirmam que os cargos do governador regional opositor de La Paz, José Luis Paredes, e do governista de Oruro, Alberto Aguilar, foram revocados.
Segundo os dados já apurados, 52,2% dos eleitores de La Paz --equivalente a 102.319 votos-- votaram contra a continuidade de Paredes.
No caso de Oruro, a rejeição ao governador regional Alberto Aguilar está em 61,6% do eleitorado, o equivalente a 28.517 votos.
Em Cochabamba, após a apuração de 12% dos votos, o governador regional Manfred Reyes Villa recebeu 55,3% dos votos a favor e 44,6% dos votos contra.
No entanto, estas informações parciais correspondem à cidade de Cochabamba e resta apurar a votação da área rural, onde a maior parte dos eleitores é favorável a Morales, o que poderia mudar a situação deste governador regional, que as pesquisas dão como revocado.
As pesquisas indicam hoje que os votos contrários a Reyes Villa ficaram entre 60,7% e 62,4%.
Segundo o relatório da entidade eleitoral, com cerca de 25% das mesas apuradas, o governador regional governista de Potosí, Mario Virreira, teve seu mandato ratificado com 60% de apoio.
Já seu colega opositor de Tarija --Mario Cossío-- conseguiu 65% dos votos, o de Santa Cruz --Rubén Costas-- 69,5%, o de Beni --Ernesto Suárez-- 67% e o de Pando --Leopoldo Fernández-- 66%.
Nestes casos, a apuração oficial de votos fica entre 25% e 30% do total das mesas eleitorais.
Os últimos quatro governadores regionais são os mais ferrenhos opositores regionais de Morales e lideram um plano autonomista que se opõe ao projeto de refundação constitucional liderado pelo líder esquerdista.
Agradecimento
Em declaração divulgada do Palácio do Governo, em La Paz (capital), Morales agradeceu e destacou seu apoio e respeito aos governadores que tiveram mandatos submetidos à consulta popular.
"Respeitaremos a legitimidade que os governadores regionais ratificados têm", disse Morales. Além disso, o presidente convocou os outros governadores para trabalhar "de maneira conjunta" a fim de garantir a unidade e a identidade da Bolívia.
Perante uma multidão reunida na Praça Murillo, Morales agradeceu o voto da população e declarou que agora pode "avançar com a recuperação de nossas fontes naturais, a consolidação da nacionalização, e a tomada estatal das empresas".
O referendo de revogação realizado hoje na Bolívia representa um ponto de inflexão na grave crise do país, caracterizada pela luta entre o projeto constitucionalista de Morales e o plano autonomista empreendido por vários governadores opositores à margem do governo e o Congresso Nacional.
Morales, que assumiu em janeiro de 2006, tinha convocado o referendo para aceitar um desafio lançado pela oposição, que tem bloqueado seu plano de instaurar uma Constituição socialista.
O presidente também os convidou a trabalhar junto com o governo para conseguir o objetivo de acabar com a extrema pobreza da Bolívia. O país é um dos mais pobres do continente.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, obteve 52% de apoio no referendo do último domingo com 23% dos votos apurados, segundo as primeiras parciais da Corte Nacional Eleitoral (CNE).
Morales e seu vice-presidente, Álvaro García Linera, receberam 394.376 votos, em comparação aos 363.341 votos contrários (47,9%) quando já foram computados 811.645 votos, informou a CNE.
A administração eleitoral boliviana informou que a conclusão da apuração oficial dos votos deve acontecer entre sete e dez dias.
As pesquisas de boca de urna divulgadas neste domingo deram a Morales um apoio de cerca de 63%.
Os números oficiais da CNE divulgados nesta segunda-feira também confirmam que os cargos do governador regional opositor de La Paz, José Luis Paredes, e do governista de Oruro, Alberto Aguilar, foram revocados.
Segundo os dados já apurados, 52,2% dos eleitores de La Paz --equivalente a 102.319 votos-- votaram contra a continuidade de Paredes.
No caso de Oruro, a rejeição ao governador regional Alberto Aguilar está em 61,6% do eleitorado, o equivalente a 28.517 votos.
Em Cochabamba, após a apuração de 12% dos votos, o governador regional Manfred Reyes Villa recebeu 55,3% dos votos a favor e 44,6% dos votos contra.
No entanto, estas informações parciais correspondem à cidade de Cochabamba e resta apurar a votação da área rural, onde a maior parte dos eleitores é favorável a Morales, o que poderia mudar a situação deste governador regional, que as pesquisas dão como revocado.
As pesquisas indicam hoje que os votos contrários a Reyes Villa ficaram entre 60,7% e 62,4%.
Segundo o relatório da entidade eleitoral, com cerca de 25% das mesas apuradas, o governador regional governista de Potosí, Mario Virreira, teve seu mandato ratificado com 60% de apoio.
Já seu colega opositor de Tarija --Mario Cossío-- conseguiu 65% dos votos, o de Santa Cruz --Rubén Costas-- 69,5%, o de Beni --Ernesto Suárez-- 67% e o de Pando --Leopoldo Fernández-- 66%.
Nestes casos, a apuração oficial de votos fica entre 25% e 30% do total das mesas eleitorais.
Os últimos quatro governadores regionais são os mais ferrenhos opositores regionais de Morales e lideram um plano autonomista que se opõe ao projeto de refundação constitucional liderado pelo líder esquerdista.
Agradecimento
Em declaração divulgada do Palácio do Governo, em La Paz (capital), Morales agradeceu e destacou seu apoio e respeito aos governadores que tiveram mandatos submetidos à consulta popular.
"Respeitaremos a legitimidade que os governadores regionais ratificados têm", disse Morales. Além disso, o presidente convocou os outros governadores para trabalhar "de maneira conjunta" a fim de garantir a unidade e a identidade da Bolívia.
Perante uma multidão reunida na Praça Murillo, Morales agradeceu o voto da população e declarou que agora pode "avançar com a recuperação de nossas fontes naturais, a consolidação da nacionalização, e a tomada estatal das empresas".
O referendo de revogação realizado hoje na Bolívia representa um ponto de inflexão na grave crise do país, caracterizada pela luta entre o projeto constitucionalista de Morales e o plano autonomista empreendido por vários governadores opositores à margem do governo e o Congresso Nacional.
Morales, que assumiu em janeiro de 2006, tinha convocado o referendo para aceitar um desafio lançado pela oposição, que tem bloqueado seu plano de instaurar uma Constituição socialista.
O presidente também os convidou a trabalhar junto com o governo para conseguir o objetivo de acabar com a extrema pobreza da Bolívia. O país é um dos mais pobres do continente.
domingo, 10 de agosto de 2008
Pesquisas apontam que referendo ratificou Morales na Presidência
La Paz, 10 ago (EFE).- O presidente Evo Morales foi ratificado no referendo sobre mandatos realizado hoje na Bolívia, segundo as enquetes divulgadas pela imprensa, que apontam o líder com um apoio de entre 56,7% e 60,1%.
UOL Celular
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Termina votação do referendo na Bolívia
LA PAZ, 10 Ago 2008 (AFP) - As seções eleitorais bolivianas fecharam as portas, neste domingo, às 16h (17h de Brasília), dia do referendo revogatório, que transcorreu com relativa calma e pelo qual o presidente Evo Morales põe seu mandato em jogo, assim como o de seu vice-presidente e os de oito governadores.
Morales deve ser ratificado no cargo, do mesmo modo que vários dos governadores da oposição, entre eles o de Santa Cruz, Rubén Costas, o crítico mais ferrenho do presidente.
UOL Celular
Morales deve ser ratificado no cargo, do mesmo modo que vários dos governadores da oposição, entre eles o de Santa Cruz, Rubén Costas, o crítico mais ferrenho do presidente.
UOL Celular
sábado, 9 de agosto de 2008
Bolívia criará estatal de cimento com apoio de Irã e Venezuela
UOL
LA PAZ (Reuters) - A Bolívia assinou neste sábado um convênio com o Irã e a Venezuela para criar uma indústria estatal de cimento, que terá no início um investimento de 230 milhões de dólares para a construção de duas fábricas no altiplano ocidental.
A criação da Empresa Pública Nacional Estratégica Cementos de Bolívia foi anunciada um dia após o governo de Evo Morales alcançar um acordo com a petrolífera anglo-holandesa Shell sobre uma "compensação justa" para a recente nacionalização.
Morales presidiu a sessão de assinatura do acordo, primeiro grande projeto no marco de um programa de cooperação de pelo menos 1 bilhão de dólares lançado pelo presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, em visita a La Paz no ano passado.
As fábricas estatais de cimento, localizadas nos departamentos de Oruro e Potosí, produzirão em conjunto cerca de 700 mil toneladas anuais, o equivalente a 40 por cento da capacidade nacional do setor atualmente, dominado por um dos líderes da oposição conservadora, Samuel Doria Medina.
"Falei com alguns prefeitos, e eles me dizem que pela falta de cimento não concluíram obras..., que os preços subiram e essa queixa é permanente", disse Morales no evento, referindo-se à necessidade de dar impulso ao projeto.
(Reportagem de Ana María Fabbri)
REUTERS SC AAP
LA PAZ (Reuters) - A Bolívia assinou neste sábado um convênio com o Irã e a Venezuela para criar uma indústria estatal de cimento, que terá no início um investimento de 230 milhões de dólares para a construção de duas fábricas no altiplano ocidental.
A criação da Empresa Pública Nacional Estratégica Cementos de Bolívia foi anunciada um dia após o governo de Evo Morales alcançar um acordo com a petrolífera anglo-holandesa Shell sobre uma "compensação justa" para a recente nacionalização.
Morales presidiu a sessão de assinatura do acordo, primeiro grande projeto no marco de um programa de cooperação de pelo menos 1 bilhão de dólares lançado pelo presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, em visita a La Paz no ano passado.
As fábricas estatais de cimento, localizadas nos departamentos de Oruro e Potosí, produzirão em conjunto cerca de 700 mil toneladas anuais, o equivalente a 40 por cento da capacidade nacional do setor atualmente, dominado por um dos líderes da oposição conservadora, Samuel Doria Medina.
"Falei com alguns prefeitos, e eles me dizem que pela falta de cimento não concluíram obras..., que os preços subiram e essa queixa é permanente", disse Morales no evento, referindo-se à necessidade de dar impulso ao projeto.
(Reportagem de Ana María Fabbri)
REUTERS SC AAP
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Ministro boliviano diz que país está na iminência de um golpe de estado
Da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Presidência da Bolívia, Juan Ramón Quintana, denunciou hoje (7) a utilização de recursos públicos para financiar atos de violência, com o objetivo de impedir que os eleitores participem do referendo revogatório marcado para o próximo domingo (10).
Para Quintana, essa atitude é um complô não apenas contra o governo, mas contra a Constituição boliviana. As informações são da Agência Boliviana de Información (ABI), órgão oficial do governo.
Segundo o ministro, o país encontra-se no início de um “verdadeiro golpe de estado contra a ordem constitucional”. Para ele, a estratégia já não é oprimir a realização do referendo, mas derrubar o presidente da República e desequilibrar a ordem democrática.
De acordo com a ABI, as declarações foram dadas na manhã de hoje à emissora de rádio Patria Nueva. Quintana comparou o uso de recursos das prefeituras dos departamentos (estados) de Beni, Pando, Santa Cruz e Tarija para financiar a violência com os golpes de Estado registrados nos anos 80.
“Para qualquer cidadão de qualquer outro país onde se vive em democracia, o que hoje em dia estão fazendo os prefeitos não é nada mais que um ato de revolta, de desacato, de organização de forças ilegais, paramilitares, para atentar contra todas as liberdades públicas”, declarou o ministro.
O ministro também pediu que a população se mantenha mobilizada para chegar ao próximo domingo em um ambiente democrático, lembrando que o referendo é a única ferramenta democrática para resolver os conflitos do país de forma pacífica.
No dia 10 de agosto, a população boliviana participará do referendo revocatório presidencial, no qual decidirá se o presidente Evo Morales deve permanecer na chefia do governo, assim como os governadores de nove departamentos (estados).
Brasília - O ministro da Presidência da Bolívia, Juan Ramón Quintana, denunciou hoje (7) a utilização de recursos públicos para financiar atos de violência, com o objetivo de impedir que os eleitores participem do referendo revogatório marcado para o próximo domingo (10).
Para Quintana, essa atitude é um complô não apenas contra o governo, mas contra a Constituição boliviana. As informações são da Agência Boliviana de Información (ABI), órgão oficial do governo.
Segundo o ministro, o país encontra-se no início de um “verdadeiro golpe de estado contra a ordem constitucional”. Para ele, a estratégia já não é oprimir a realização do referendo, mas derrubar o presidente da República e desequilibrar a ordem democrática.
De acordo com a ABI, as declarações foram dadas na manhã de hoje à emissora de rádio Patria Nueva. Quintana comparou o uso de recursos das prefeituras dos departamentos (estados) de Beni, Pando, Santa Cruz e Tarija para financiar a violência com os golpes de Estado registrados nos anos 80.
“Para qualquer cidadão de qualquer outro país onde se vive em democracia, o que hoje em dia estão fazendo os prefeitos não é nada mais que um ato de revolta, de desacato, de organização de forças ilegais, paramilitares, para atentar contra todas as liberdades públicas”, declarou o ministro.
O ministro também pediu que a população se mantenha mobilizada para chegar ao próximo domingo em um ambiente democrático, lembrando que o referendo é a única ferramenta democrática para resolver os conflitos do país de forma pacífica.
No dia 10 de agosto, a população boliviana participará do referendo revocatório presidencial, no qual decidirá se o presidente Evo Morales deve permanecer na chefia do governo, assim como os governadores de nove departamentos (estados).
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