sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Morales recebe 'honoris causa' em Roma e o dedica ao movimento indígena

6 nov 2015 17h11

O presidente da Bolívia, Evo Morales, recebeu nesta sexta-feira o título de doutor "honoris causa" da Universidade de La Sapienza de Roma, e o dedicou à unidade do "importante" movimento indígena e sua reivindicação por liberdade.
"Estou verdadeiramente surpreso por esse reconhecimento. Digo a esta prestigiada, antiga, e muito respeitada universidade que esse reconhecimento é dedicado à unidade de um setor muito importante como o indígena", destacou o presidente em seu discurso.
Morales disse que a reivindicação do povo indígena por "liberdade e soberania econômica" que o colocou no governo. Também falou sobre uma "nova Bolívia" e lembrou os tempos nos quais "os políticos eram conhecidos como farsantes e delinquentes" no país.
"Nós mesmos governamos nos libertando de todas as imposições externas. É custosa a busca pela igualdade. É custoso, sobretudo, questionar um sistema e um modelo fracassado. Aprendemos com alguns líderes a perder o medo, a não nos submeter. É parte de nossa grande luta", argumentou Morales, criticando a oposição, o imperialismo dos Estados Unidos, as classes oligárquicas e a "bênção do Fundo Monetário Internacional (FMI)".
Morales apresentou uma Bolívia que está mudando, que realizou importantes conquistas na luta contra a pobreza e que, neste ano, "registrará o maior crescimento na América Latina".
O país quer se transformar "no centro energético" da região. E, segundo o presidente, o governo está atualmente em negociação para começar a exportar energia a partir de 2017, aproveitando as necessidades de vizinhos como o Brasil e a Argentina.
Após o discurso, Morales foi aplaudido e recebeu o título das mãos do reitor da Universidade de La Sapienza, Eugenio Gaudio, que elogiou o líder boliviano ao afirmar que "se há um expoente político que merece uma distinção, esse é ele".
"Evo representa uma absoluta novidade no panorama internacional e mudou os esquemas da comunicação. Em um continente cada vez mais em evolução, rico em recursos, representa o rosto da inovação", disse.
O evento encerrou a passagem de Morales pela Itália, onde também se reuniu com parlamentares dentro de um tour pela Europa que o levará nos próximos dias à França e à Irlanda.
EFE    

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sábado, 24 de janeiro de 2015

Chaco

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Em verde, o território aproximado do Gran Chaco
O Chaco ou Gran 

Chaco (do quéchua chaku, "território de caça") é uma das principais regiões geográficas da América do Sul. Possui aproximadamente  1280000 quilômetros quadrados e abrange partes dos territórios de Bolívia,Argentina, Paraguai e Brasil.
Caracteriza-se por muitos ecossistemas e climas distintos, que variam dos Pampas a florestas e semiárido. As temperaturas oscilam entre -7 graus centígrados no inverno e 47°C no verão. O regime de chuvas também é bem diversificado, indo de 400 milímetros ao ano na região oeste até atingir 1 600 milímetros já próximo a Assunção, no Paraguai.

Localização[editar | editar código-fonte]

O Gran Chaco é uma vasta planície de floresta e selva. Ao norte, se estende para o norte do paralelo 16 graus sul, emSanta Cruz de la Sierra, na Bolívia; a leste, abrange as encostas ocidentais do Pantanal, no Brasil, e as bacias dos riosOtuquis e Parapetí, sendo delimitado pelo rio Paraná; para o sul, atinge o norte da província de Córdoba, na Argentina; a oeste, abrange o oeste do Altiplano Yungas. Assim, o Gran Chaco cobre 1 280 000 quilômetros quadrados distribuídos entre os países da Argentina (40%), Bolívia (35%), Paraguai (20%) e Brasil (5%).

Subdivisões[editar | editar código-fonte]

É dividido de norte a sul em:
Chaco Boreal, que se estende desde o Rio Pilcomayo, na latitude 16 graus sul, para o norte, abrangendo territórios boliviano e paraguaio.
Chaco Central, que se estende entre o Rio Pilcomayo e o Rio Bermejo (este último, também conhecido como Ypitá, termoguarani que significa "rio vermelho"). Abrange território boliviano e argentino.
Chaco Austral, que se estende desde o rio Bermejo até o entorno da lagoa de Mar Chiquita e confluência do Rio Salgadocom o Rio Paraná, ou aproximadamente paralelo 30 graus sul, entre Argentina, Bolívia, Brasil e Paraguai.

Clima[editar | editar código-fonte]

Embora nas latitudes onde o Gran Chaco se estende a região seja geralmente muito quente, o fato é que, devido aos regimes de ventos continental e sazonal (correntes de vento especialmente da Antártida), há grandes variações de calor entre o dia e a noite e entre as estações do ano. Assim, nas Grandes Salinas localizadas na extremidade sudoeste doGran Chaco, no verão (principalmente em janeiro), as temperaturas ultrapassam 44 graus centígrados, enquanto que, nos arredores de Assunção, não são incomuns, para algumas noites julho (inverno), as temperaturas de quase 0 grau centígrado, e, no Chaco Tarijeño (perto de Villamontes e Yacuiba), ocorre queda de neve. Ou seja, são bastante comuns temperaturas abaixo de 5 graus centígrados, apesar de sua localização muito ao norte do Trópico de Capricórnio. Já na parte sul da região, na Argentina, as temperaturas extremas podem passar dos 48 graus centígrados.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referência[editar | editar código-fonte]

• ENCICLOPÉDIA Delta Universal. Rio de Janeiro: Ed. Delta S.A., 1985