CARACAS - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse que um plano para assassinar o presidente boliviano, Evo Morales, foi descoberto.
Segundo Chávez, Morales telefonou para ele e disse que autoridades bolivianas haviam "descoberto um plano de assassinato". O líder venezuelano afirmou, durante uma transmissão de rádio no domingo, que não entraria em detalhes e que deixaria isso para os funcionários bolivianos.
Morales é um dos vários aliados de esquerda na América Latina que compartilham a posição venezuelana de antagonismo em relação aos Estados Unidos. Chávez disse que pediu a Morales que tomasse cuidado.
Morales tem enfrentado seguidos protestos de opositores, mas obteve uma vitória importante em um referendo para confirmar seu mandato, em agosto.
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
sábado, 6 de dezembro de 2008
Na Bolívia, Ingrid Betancourt elogia força política da esquerda de Morales
da Efe, em La Paz
A ex-refém das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) Ingrid Betancourt disse neste sábado, em La Paz, que o presidente boliviano, Evo Morales, é um exemplo de que a esquerda pode chegar ao poder pela via democrática.
Betancourt se reuniu com Morales por mais de uma hora no Palácio do Governo de La Paz, em meio a uma viagem que realiza para defender a liberdade de outros reféns das Farc e que inclui uma passagem pelo Brasil.
Martin Alipaz/Efe
Ingrid Betancourt se reúne com Evo Morales e elogia força da esquerda na Bolívia
Ingrid Betancourt se reúne com Evo Morales e elogia força da esquerda na Bolívia
Morales não fez declarações sobre sua reunião com Betancourt, mas o vice-ministro de Coordenação de Movimentos Sociais, Sacha Llorenti, destacou que foi um encontro cordial no qual houve uma discussão sobre a realidade da América Latina.
Em coletiva de imprensa, Betancourt afirmou que há alguns anos ninguém acreditava na América Latina que uma pessoa de origem indígena poderia chegar ao poder.
A ex-candidata presidencial disse ainda que o fato de Morales ter chegado ao poder na Bolívia pela via democrática em meio a dificuldades internas é algo valioso que ela admira.
Morales é um indígena aimara que chegou ao poder em janeiro de 2006 com um alto apoio nas urnas. Seu mandato foi ratificado em agosto passado em referendo.
Betancourt ressaltou que o fato de muitos presidentes da "esquerda revolucionária" terem chegado ao poder na América Latina pelas urnas "é prova indubitável de que as Farc estão equivocadas" em seu país.
"As Farc têm que entender que não há nenhuma justificativa para roubar, matar e seqüestrar para chegar ao poder", disse Betancourt, que frisou que na América Latina fica claro "que se pode ser uma opção de esquerda pela via democrática e ter sucesso".
Já Llorenti afirmou que o presidente Morales considera que a luta política "tem que ser democrática" pelas vias eleitorais e que "de modo algum se pode justificar o levantamento de armas", "nem o seqüestro, nem a extorsão".
A Bolívia é a penúltima etapa da viagem que Betancourt pretende encerrar na Venezuela, antes de retornar à França. A franco-colombiana já encontrou com os presidentes de Equador, Argentina, Chile, Peru e Brasil.
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